quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

Muitos dribles e poucos títulos


Caso saia alguma decisão ainda hoje sobre o destino do Ronaldinho Gaúcho, já digo de antemão aos torcedores do clube para onde ele for: ele será um jogador show, com muitos dribles, passes de letra, mas poucos títulos, talvez um campeonato estadual. Digo isso com a convicção de quem já esteve muito tempo na crônica esportiva, mesmo sem acompanhar o dia a dia dos grandes clubes. O histórico atual de Ronaldinho, dos últimos quatro anos, é de irregularidade, muitas noitadas e alguns lampejos de genialidade. No Milan, marcou 26 gols e não conquistou um título sequer. Grêmio, Palmeiras e Cruzeiro sonham com o futebol de Ronaldinho antes da Copa do Mundo de 2006, do cara que foi multicampeão pelo Barcelona e campeão do mundo com a Seleção Brasileira em 2002. Esqueçam. No Grêmio, Ronaldinho tem a identificação e o apoio da torcida, que não digeriu aquela saída pela porta dos fundos para o Paris Saint-Germain. Flamengo e Palmeiras são incógnitas, mesmo com Ronaldinho Gaúcho. O Flamengo é capaz de ser campeão em um ano e candidato ao rebaixamento em outro, fazendo o caminho inverso do Fluminense de 2009 para 2010. O Palmeiras contratou Felipão, achando que seria a solução para o clube, mas o técnico não consegue comandar a diretoria, as divisões internas que reinam há vários anos no Parque Antártica. Os dois que não têm um planejamento de São Paulo, Inter e Corinthians, atualmente os clubes mais bem estruturados e planejados da Série A do Brasileirão.
Bom, torço para que Ronaldinho volte a jogar bem, tenha lampejos, pois o futebol brasileiro agradeceria, mas não esperem títulos de grande expressão, de um atleta que joga moleque, para a torcida, para si mesmo, mas não funciona tão bem no coletivo e atualmente não é fadado a grandes conquistas. Boa sorte aos dirigentes de Grêmio, Flamengo e Palmeiras e torçam para que o Assis não esteja negociando com outros clubes por baixo dos panos.

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