domingo, 10 de abril de 2011

Capitão Caserna


Estes dias estava fazendo a minha tímida corrida na pista do Ramiro Souto, na Redenção, em Porto Alegre, quando me deparei com os professores de Educação Física conduzindo suas aulas para alunos do Colégio Militar de Porto Alegre. Um detalhe me chamou atenção. Os alunos são chamados de Portela, Pereira, Ferreira, Souza etc (sobrenomes fictícios).
Na ótica da caserna, o sobrenome é que tem que ser valorizado. O militar é Karl Marx ou Nietzche? O sobrenome é que se sobressai no coletivo, prezar o nome do pai na luta pela Mãe Pátria. Na ótica da individuação, o exemplo militar estaria errado, pois o nome é o que importa, a essência de cada ser, não a carga genética que ele carrega, mas isto é papo para outro dia.
Coube a mim constatar que as pessoas têm nomes e devem ser tratadas por ele e não pelos sobrenomes. Um dia, algo vai mudar dentro dos quartéis, já está mudando por sinal, quando os militares partem em missões de paz ou são chamados para garantir a mínima segurança em locais nos quais a insegurança reina.