segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Abre Almas


Sou um jornalista cultural, gosto muito de música, principalmente instrumental e aí paro a refletir agora, ouvindo no My Space a música Chamamonk, de Geraldo Flach. Eu troquei uma ou duas palavras com o Flach, que nos deixou hoje à tarde. No entanto, ele falou muitas frases para mim, mas muitas mesmo. Os acordes que emanaram do seu piano sempre me inspiraram, nem que fosse num simples dia de chuva a ouvir a Rancheirinha ou então a sentir, como ouvinte mesmo, a suavidade das composições de Flach. Foram tantas e tamanhas as músicas que me assombraram no melhor sentido da musicalidade. O Brasil tem tantos pianistas bons. Ivan Lins, Rique Pantoja, o melhor deles, o já falecido Tom Jobim, mas o Geraldo Flach vai fazer uma falta sem tamanho. Pior que hoje com a missão de repórter cultural do Correio do Povo, de apurar informações sobre a morte de Flach a emoção foi ainda maior. Agradeço a Flach pela sua música. Arthur de Faria, Bebeto Alves e outros tantos deram os seus depoimentos sobre esta perda irreparável. O nome de uma música de Flach serve para dizer o que ele faz com a gente a cada música sua ou interpretada por ele ao piano: Abre Almas. Vai com Deus, Flach, vai abrir almas para a música, para o seu piano bar, para as suas teclas líricas e inesquecíveis.

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